Pages

Gráficos: Jornada semanal de trabalho e Renda mensal individual
















Ambos os gráficos forma retirados do seguinte site:
< http://pt.scribd.com/doc/8716752/graficos-sobre-o-racismo-no-brasil > Data de acesso: 30/05/2011.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
Read Comments

Preconceito e Émille Durkheim

No decorrer dos anos vemos que apesar das diversas mudanças ocorridas em nossa sociedade muitos costumes prevalecem, entre esses elenco o preconceito, que desde os primórdios cerca a sociedade e se instala na mente das pessoas de tal forma que atinge todos os campos sociais, embora em muitos setores esse preconceito seja disfarçado.
Na sociedade brasileira esse preconceito reflete até mesmo na diferença entre salários de brancos, negros e pardos. Sobre esta diferença segue partes de uma pesquisa divulgada pelo IBGE no ano de 2003, na qual destaco, em negrito, partes onde fica nítida essa desigualdade.

Rendimento de brancos é quase o dobro do de pretos e pardos
Em relação aos rendimentos percebidos, a população ocupada de cor preta ou parda apresentou valores que eram praticamente a metade dos auferidos pela população branca, em todos os níveis geográficos. Enquanto o rendimento médio mensal da população preta e parda chegava a R$ 409,00, o da população branca era de R$ 812,00. Relação semelhante se verifica na análise do rendimento-hora, que eram de R$ 2,60 para pretos e pardos e de R$ 5,00 para os brancos. [...] Outro indicador que pode dar um quadro dos diferenciais existentes no mercado de trabalho quando se analisa a população ocupada por cor é a posição na ocupação, que não apresentou modificações substanciais em relação ao ano anterior. Dos brancos, 6,3% se encontravam no emprego doméstico, mas essa proporção é o dobro entre os pretos (13,4%). Além disso, 5,7% de brancos se encontravam na condição de empregadores, e os pretos, 1,8%. [...]

Entre os 10% mais ricos, 15% são brancos e 4% pretos e pardos
Em relação à distribuição da população por cor ou raça segundo os décimos de rendimentos percebidos, observou-se diminuição sistemática do percentual de pretos e pardos à medida que aumentavam os rendimentos, simultaneamente ao crescimento constante da participação dos brancos. No primeiro décimo, onde estão os que recebem os rendimentos mais baixos, encontrava-se mais de 15% da população preta ou parda e apenas 5,6% dos brancos. No último décimo, o dos que recebem os maiores rendimentos, os valores se inverteram, encontrando-se 15% dos brancos e apenas 4% dos pretos ou pardos. 

De acordo com esses dados observamos que, embora  a sociedade brasileira, apesar de ser mista em relação a raça, não deixa de ser mais uma sociedade preconceituosa, que julga pela simples aparência. Entretanto, como já foi dito, isso acontece desde sempre, por exemplo, a esse tipo de preconceito podemos atribuir como uma das causas a nossa colonização, pois desde nessa época tínhamos um sistema no qual brancos mandavam e os demais obedeciam.
Com isso vemos que as instituições de nosso país ainda têm, de certa forma, como base um pensamento arcaico de superioridade racial, o qual derivou-se de outras instituições ou civilizações e que perduram até hoje. Nesse contexto, trago a tona à idéia de instituições e fatos sociais que o pensador  Durkheim propôs.
Do ponto de vista desse sociólogo os fatos sociais são as regras e normas coletivas que orientam a vida em sociedade, essas são exteriores, pois existem antes mesmo de nascermos, e coercitivas, já que essas normas devem ser seguidas pelos membros do grupo. Um outro conceito proposto por Durkheim refere-se a instituições, que para ele é um conjunto de normas e regras que perduram gerações.
Assim vemos que o preconceito, apesar de não ser bem uma instituição física, é algo que perdura gerações e que assola nossa sociedade de forma a contaminá-la, promovendo diversas diferenças sociais.

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
Read Comments

Bibliografia

As referências que se seguem foram utilizados na construção do banner apresentado inicialmente em sala de aula.

TOMAZI, Nelson Dacio et al.Iniciação à sociologia. 2. ed. São Paulo: Atual, 2000. 264 p. il. ISBN 978-85-357-0035-0.

Disponível em: <http://desafios2.ipea.gov.br/pub/td/2001/td_0807.pdf> data de acesso: 24/05/2011;

Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/8716752/graficos-sobre-o-racismo-no-brasil> data de acesso: 24/05/2011;

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Preconceito> data de acesso: 24/05/2011;

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS
Read Comments